É dada como certa a ascensão do vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, ao comando da Federação do PP-União Brasil, cujo processo avançou nesta semana com o aval do diretório nacional do PP para que o presidente da sigla, Ciro Nogueira, negocie os termos da federação com Antônio Rueda, líder do União Brasil. Essa movimentação tem causado grande apreensão na ala pró-governo do partido na Bahia.
A decisão do diretório nacional colocou um freio nas articulações locais, que estavam prestes a ser oficializadas, segundo apuração do OFF News. Caso se concretize, a medida representará um duro golpe para o diretório baiano, que vinha conseguindo isolar as alas divergentes e fortalecer uma aliança com o PT.
Nos bastidores, a leitura é de que, uma vez no comando da federação, ACM Neto terá total controle sobre os recursos do fundo partidário e buscará consolidar a legenda sob sua liderança. Isso pode gerar uma debandada de parlamentares estaduais e até mesmo a saída de deputados federais que não concordem com a nova direção.
O ex-deputado federal Cacá Leão, integrante da ala do PP contrária à aliança com o PT, afirmou ao OFF News que a tendência é de que o comando da sigla na Bahia fique com o União Brasil.
“Eu preciso referendar e elogiar a atuação do presidente, deputado Mário Negro Monte Júnior, que vem conduzindo o partido de forma exemplar. Cabe a ele essas negociações. Sempre expressei minha posição contrária à aliança com o PT e fui respeitado. Então, respeitarei também a decisão do presidente Mário e dos correligionários sobre essa questão", pontuou Cacá Leão.
A federação será estruturada com um sistema de rodízio na presidência, mas, inicialmente, caberá ao União Brasil a liderança na Bahia, devido ao seu maior número de deputados federais. Essa nova configuração política pode complicar a relação do PP baiano com o governo Jerônimo Rodrigues, que agora precisará articular um "plano B" para manter o apoio de lideranças descontentes com a fusão.
Fontes ouvidas sugerem que legendas como Avante, PSB, Podemos e PSD poderiam servir de abrigo para dissidentes do PP que desejam continuar alinhados ao governo estadual.
“Caso a federação se concretize, ninguém poderá mudar de partido até a janela partidária de abril do ano que vem. Isso pode gerar um cenário de instabilidade. O governo precisará encontrar uma solução para acolher esses parlamentares, já que, hoje, todos os seis deputados estaduais do PP estão na base governista. Se Neto assumir o controle, muitos podem sair”, avaliou um político, sob condição de anonimato.
A bancada do PP decidiu nesta terça-feira seguir com a federação com o União Brasil, o que resultará na maior força política da Câmara, com 106 deputados. O próximo passo é a deliberação interna do União Brasil, que deve ocorrer ainda nesta semana. Informações da OFF News
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