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Foto / Redes Sociais |
O episódio, que ocorreu em 2020, em plena pandemia da Covid-19, envolveu a empresa Hempcare, curiosamente especializada em medicamentos à base de maconha, e que sequer cumpriu o contrato, mesmo após receber pagamento antecipado autorizado pelo então governador e presidente do Consórcio do Nordeste.
Apesar de todos os elementos — pagamento antecipado, falta de garantias, ausência de entrega e o evidente prejuízo ao erário — o TCU optou por livrar Rui Costa de qualquer responsabilização direta. A justificativa? O contexto da pandemia.
“Contexto histórico”, “momento crítico e incerto”, “linha de frente do combate à pandemia” — essas foram algumas das expressões usadas pelo ministro Bruno Dantas para justificar o injustificável. Na prática, transformaram um prejuízo milionário em um detalhe secundário diante de uma suposta “boa intenção”.
Enquanto isso, o povo nordestino ficou sem os respiradores e os R$ 48,7 milhões desapareceram no ar, sem que um único centavo tenha voltado ao cidadão. Ao fim do julgamento, o TCU apenas determinou uma tomada de contas especial contra a empresa Hempcare — um gesto simbólico e que dificilmente trará de volta o dinheiro perdido.
Mais uma página triste da história recente brasileira: quem autoriza pagamentos irresponsáveis segue impune, enquanto a conta continua sendo paga por quem mais precisa.
A Justiça deveria proteger o cidadão, mas neste caso, parece apenas ter blindado mais um figurão da política nacional.
Justiça? Não. Vergonha.
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