4 de janeiro de 2025

Sete mil mulheres se alistam no serviço militar em 2 dias

Foto / Reprodução

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Defesa quer aumentar participação feminina para 20% das vagas iniciais

O Ministério da Defesa registrou, desde a quarta-feira (1º) até o meio-dia desta sexta-feira (3), cerca de 7 mil inscrições no alistamento militar feminino voluntário. As inscritas disputam uma das 1.465 vagas disponibilizadas em Brasília (DF) e em outros 28 municípios de 13 estados, além do Distrito Federal.

O alistamento militar feminino, inédito, segue até 30 de junho de 2025, no mesmo período do alistamento obrigatório para homens. A iniciativa é destinada às mulheres que completam 18 anos em 2025, ou seja, nascidas em 2007, conforme o Decreto 12.154, de 27 de agosto de 2024, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que tem como objetivo aumentar progressivamente o número de mulheres recrutadas para o serviço militar inicial, alcançando 20% das vagas. Desse total, 1.100 vagas serão destinadas ao Exército Brasileiro, 300 à Aeronáutica e 155 à Marinha.

Alistamento militar feminino

Além da idade, um dos requisitos para o alistamento voluntário é que as candidatas residam em um município onde exista uma organização militar. As interessadas podem se alistar em uma das três Forças Armadas – Marinha, Exército e Aeronáutica – de forma online, no link [https://alistamento.eb.mil.br/alistamento], ou presencialmente em uma junta de serviço militar localizada nos seguintes municípios: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Formosa (GO), Fortaleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus (AM), Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo (SP) e Valparaíso de Goiás (GO).

Seleção

O processo seletivo para as candidatas será realizado pelas três Forças Armadas, que irão considerar a disponibilidade de vagas, a aptidão física e as especificidades exigidas para a incorporação. A seleção inclui uma entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos.

Todo o processo de recrutamento ocorrerá em etapas: alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação.

Incorporação

As mulheres selecionadas serão incorporadas no primeiro semestre de 2026, entre os dias 2 e 6 de março, ou no segundo semestre, entre 3 e 7 de agosto. Os cargos iniciais são para a graduação de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha.

Após o ato oficial de incorporação, o serviço militar inicial feminino será de cumprimento obrigatório. As militares incorporadas terão os mesmos direitos e deveres dos homens e estarão sujeitas às penalidades previstas pela legislação brasileira.

De acordo com o Decreto 12.154, de 27 de agosto de 2024, o serviço militar terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. As mulheres voluntárias não terão estabilidade no serviço militar. Após a conclusão do período, elas irão compor a reserva não remunerada das Forças Armadas.

Mulheres nas Forças

Atualmente, cerca de 37 mil mulheres atuam nas Forças Armadas, o que representa cerca de 10% de todo o efetivo militar brasileiro. Elas estão, principalmente, nas áreas de saúde, ensino e logística, ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha; a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx); e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.

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