22 de julho de 2025

ORBÁN SAI EM DEFESA DE BOLSONARO E CRITICA RESTRIÇÕES OIMPOSTA PELO STF: "INSTRUMENTOS DE MEDO, NÃO DE JUSTIÇA"

Líder conservador da Hungria manifesta solidariedade ao ex-presidente brasileiro e denuncia uso político do Judiciário.


Foto: Attila KISBENEDEK/AFP


O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, voltou a demonstrar apoio público ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a nova ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs restrições severas ao ex-mandatário, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de qualquer manifestação em redes sociais, mesmo por meio de terceiros.

Em publicação feita nesta segunda-feira (22), Orbán criticou as medidas adotadas contra Bolsonaro e levantou preocupações sobre o uso político do sistema judicial brasileiro.

“Continue lutando, Jair Bolsonaro! Ordens de silêncio, proibições de redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça. Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação”, escreveu o líder húngaro em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter).

A manifestação ocorre em meio ao endurecimento das ações do ministro Alexandre de Moraes no inquérito da chamada “trama golpista”. Em despacho recente, Moraes detalhou que a proibição a Bolsonaro se estende a qualquer tipo de veiculação de entrevistas, declarações ou conteúdos nas redes sociais, ainda que publicados por terceiros. A medida foi vista por aliados do ex-presidente como tentativa de silenciamento completo da oposição.

Passagem pela Embaixada da Hungria reacende debate sobre perseguição política

Orbán já havia sido citado em fevereiro deste ano, quando veio à tona a informação de que Bolsonaro passou dois dias abrigado na Embaixada da Hungria, em Brasília. A estadia ocorreu dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis pela Polícia Federal, que teve como um de seus alvos o ex-presidente.

O episódio foi revelado pelo jornal norte-americano The New York Times, que divulgou imagens de segurança mostrando a chegada de Bolsonaro à sede diplomática no dia 12 de fevereiro. Ele permaneceu no local até o dia 14. Por se tratar de território estrangeiro, a embaixada oferecia proteção diplomática, impedindo eventual cumprimento de mandado de prisão.

Na ocasião, a PF já havia recolhido o passaporte de Bolsonaro como parte das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe. A operação também mirou ex-ministros e auxiliares próximos ao ex-presidente.

 Aliado internacional e símbolo da nova direita

Considerado uma das maiores lideranças conservadoras da Europa, Viktor Orbán tem se posicionado como crítico das intervenções judiciais em democracias ocidentais e defensor da soberania popular. Sua aliança com Bolsonaro reforça o argumento de setores da direita brasileira de que há perseguição política em curso no país, com uso abusivo do Judiciário para calar vozes dissidentes.

O apoio público de um chefe de governo estrangeiro à figura de um ex-presidente investigado, em contexto de democracia formal, é um fato raro — e lança luz sobre a crescente tensão institucional no Brasil. 

Fonte: Comunica Brasil


 NOVIDADE: FAÇA PARTE DO CANAL DO ALTERNATIVA NEWS NO WHATSAPP (CLICANDO AQUI)


Nenhum comentário:

Postar um comentário