Tenente-corenel tem prazo de 15 dias para defesa
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil |
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recusou, nesta segunda-feira (14), conceder perdão judicial ao tenente-coronel Mauro Cid, delator central do processo que acusa Jair Bolsonaro de suposta tentativa de golpe. A justificativa, segundo o procurador-geral Paulo Gonet, foi o “comportamento contraditório” de Cid, marcado por omissões e resistência ao cumprimento do acordo com o Ministério Público Federal (MPF).
Apesar de classificar os depoimentos do ex-ajudante de ordens como “superficiais” e com pouca contribuição sobre os fatos mais graves, a PGR propôs apenas uma redução mínima de pena — 1/3, e negou a conversão automática da prisão em penas alternativas, como prestação de serviços ou multa.
Gonet destacou que, mesmo com provas e acesso a informações, Mauro Cid se mostrou reticente quanto ao seu real envolvimento nos eventos investigados.
Um dos pontos citados foi o uso suspeito do perfil no Instagram @gabrielar702, possivelmente utilizado por Cid para se comunicar com aliados de Bolsonaro, como Eduardo Kuntz e o coronel Marcelo Câmara. A Meta confirmou que o e-mail vinculado ao perfil estava no nome do réu, mas a defesa nega que ele tenha feito os acessos.
Ainda assim, a PGR não pediu a anulação da delação — como requerem algumas defesas, incluindo a do ex-presidente. O órgão afirma que, embora haja “ambiguidade” na conduta de Cid, a legalidade do acordo estaria mantida.
O tenente-corenel tem prazo de 15 dias para apresentar a defesa.
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