10 de dezembro de 2024

Após queda de Assad, presos sufocando em celas subterrâneas na Síria são libertados

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Após a queda do regime de Bashar al-Assad, os rebeldes que tomaram Damasco libertaram prisioneiros da temida prisão militar de Saydnaya. Conhecida como o “matadouro humano”, a prisão tornou-se símbolo de repressão e brutalidade durante os 14 anos de guerra civil. A Anistia Internacional estima que mais de 100 mil pessoas desapareceram nesse período sob o comando do regime.

Libertação dos prisioneiros
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram mulheres, homens e até uma criança pequena sendo libertados das celas. Uma voz no vídeo tranquiliza os recém-libertados:

A cena retrata o fim de anos de sofrimento. Muitos dos detidos foram vítimas de tortura, assassinatos e desaparecimentos forçados. A Associação de Detentos e Desaparecidos na Prisão de Saydnaya (ADMSP) relatou que a libertação foi concluída às 11h de domingo (8/12), no horário local.

Relatos de sobreviventes
Entre os libertados, há relatos de sobreviventes que estavam presos há uma década. Em um vídeo emocionante, um homem recém-libertado pergunta o que está acontecendo e, ao saber da queda do regime, sorri e sai correndo pelas ruas de Damasco.

A ADMSP descreveu a libertação como um símbolo de resistência:

“A libertação da prisão de Saydnaya não é apenas uma vitória militar, mas uma vitória para toda a humanidade. É um símbolo do triunfo da vontade de viver sobre a morte e da vontade de liberdade sobre a tirania.”

O grupo de defesa civil Capacetes Brancos (The White Helmets) está investigando relatos sobre a existência de celas subterrâneas ocultas em Saydnaya. Equipes de emergência, acompanhadas por cães farejadores, foram enviadas para vasculhar a prisão.

Até 9 de dezembro, não foram encontrados novos prisioneiros além dos já libertados. No entanto, os Capacetes Brancos afirmaram que a busca continuará até que toda a prisão seja completamente inspecionada.

Por outro lado, a ADMSP declarou não haver indícios de que ainda existam detidos em locais secretos e prometeu divulgar uma lista com os nomes dos prisioneiros libertados.

Um legado de brutalidade
A prisão de Saydnaya ficou conhecida pela extrema brutalidade. Um relatório da Anistia Internacional de 2017 revelou que cerca de 13 mil pessoas foram enforcadas entre 2011 e 2015. A ADMSP estima que mais de 30 mil detentos morreram devido a tortura, falta de assistência médica e fome entre 2011 e 2018.

Celebrações em Damasco
A queda do regime Assad trouxe cenas de celebração e alívio para muitos sírios. Em várias partes de Damasco, ex-prisioneiros foram vistos correndo pelas ruas, comemorando a libertação e o fim de um ciclo de opressão que durou mais de duas décadas

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