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| Foto / Reprodução |
Donald Trump está de volta agora como o 47° presidente dos Estados Unidos. O seu discurso de posse foi norteado pela retórica do "Make America Great Again". O que pode ser dito é que esta política isolacionista está na contra-mão dos desafios da geopolítica atual e dos problemas globais que requerem, da mesma forma, soluções globais. Um dia depois da posse, o presidente já assinou várias ordens executivas que dão o tom da nova/velha era Trump. Por exemplo, Donald Trump já retirou os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), e também do Acordo de Paris (que trata das questões climáticas). Outras ordens executivas já foram também assinadas em temas como imigração, energia, regulamentações ambientais, economia, etc.
Na arena internacional, se Trump mantiver a retórica e as promessas de campanha, possivelmente vai recuar no apoio à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN); vai iniciar uma guerra tarifária, conturbando ainda mais o comércio mundial; e vai enfraquecer de maneira geral o multilateralismo.
Ainda é cedo para uma avaliação mais específica sobre o "Trumpismo".
Mas, certamente, pelo andar da carruagem e pela imprevisibilidade que caracteriza o presidente Trump, é possível que a ordem político-econômica mundial criada pelo próprio Estados Unidos no pós-guerra fique em apuros. Com isto, o mundo estará mais instável na sua geopolítica, e os Estados Unidos mais enfraquecidos no seu papel de liderança e guardião das questões globais.
Torço para que eu esteja errado nesta minha avaliação.
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| Por Yalu Tinoco - mestre em comércio internacional e políticas |
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