No entanto, sua trajetória sofreu uma reviravolta dois anos atrás, quando uma carta anônima foi enviada ao papa Francisco acusando-a de destratar e manipular outras irmãs. “Disseram que eu destratava e manipulava as irmãs”, contou Aline em entrevista à Folha de S.Paulo.
A denúncia levou o Vaticano a iniciar uma auditoria no mosteiro. A primeira visita aconteceu em 2023, durou várias semanas e, segundo documentos obtidos pelo jornal, recomendava o arquivamento do caso. No entanto, pouco tempo depois, o processo foi reaberto.
Aline acredita que a decisão partiu do frei Mauro Giuseppe Leporia, abade-chefe da ordem que supervisiona o mosteiro. “Ele dizia que eu era bonita demais para ser abadessa, ou até mesmo para ser freira. Falava em tom de piada, rindo, mas me expôs ao ridículo”, relatou a ex-abadessa, que trabalhou com ele durante anos.
Em 2024, uma nova vistoria foi realizada. Segundo Aline, a visitadora apostólica enviada pelo Vaticano limitou-se a uma única conversa com ela e concluiu que a religiosa era “desequilibrada” e que as demais irmãs “tinham medo” de sua presença. Aline convivia com 22 freiras no mosteiro.
A decisão resultou na perda de seu cargo. No dia 21 de abril, data da morte do papa Francisco, uma nova abadessa — de 81 anos — assumiu a liderança do mosteiro. Poucos dias depois, em 28 de abril, Aline deixou o local. Junto com ela, 11 das 22 religiosas também decidiram sair. “As que ficaram são as irmãs mais idosas, de 85, 88 anos”, comentou.
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