“Agora não posso mais contar minha história em Washington”, disse Gilmar, arrancando risos da plateia formada por colegas ministros, juristas e aliados. A fala debochada ocorre num momento delicado, em que o STF é duramente criticado por extrapolar suas funções constitucionais e sufocar garantias fundamentais no país.
Gilmar aproveitou o lançamento da obra “Jurisdição Constitucional – Da Liberdade para a Liberdade” para defender o protagonismo absoluto do Supremo, mesmo diante de uma sucessão de decisões polêmicas que vêm minando o equilíbrio entre os poderes. Segundo ele, “todos estão submetidos à lei” — ainda que o STF atue, na prática, como legislador, polícia, acusador e juiz ao mesmo tempo.
SILÊNCIO SOBRE A “MORTE FINANCEIRA” DE MORAES
Enquanto se divertia com a revogação do visto, Gilmar evitou qualquer crítica real à postura do governo dos EUA, que agora mira a conduta de ministros do STF com base em violações de direitos fundamentais. Nos bastidores, cresce o temor de que outras figuras da Corte entrem na mira das sanções internacionais, o que representaria uma espécie de “morte financeira e diplomática” para os togados.
O ministro também evitou entrar no mérito da polêmica prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, imposta sem julgamento concluído, sob forte contestação de juristas independentes e da sociedade civil. Para Gilmar, o Supremo apenas "cumpre seu papel na democracia", embora a prática revele um crescente autoritarismo judicial travestido de constitucionalismo.
STF CELEBRA A SI MESMO ENQUANTO O BRASIL SANGRA
O evento, que mais pareceu uma cerimônia de autocelebração, reuniu nomes como Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Flávio Dino, Cristiano Zanin e o atual ministro da Justiça e ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski. Um verdadeiro desfile de poder, blindado contra qualquer tipo de fiscalização externa ou prestação de contas à população.
Enquanto isso, a democracia que o Supremo afirma defender segue agonizando, com jornalistas sendo perseguidos, conservadores silenciados nas redes sociais e adversários políticos presos sem o devido processo legal.
No fim, a pergunta que não quer calar é: será que a história que Gilmar queria contar em Washington é a mesma que o povo brasileiro está vivendo aqui?
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