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| Foto / Reprodução |
Em um discurso inflamado realizado ontem à noite, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou sua visão de uma política externa mais assertiva ao declarar que os Estados Unidos estão "tomando de volta" o controle do Canal do Panamá. O pronunciamento ocorreu durante um comício para seus apoiadores, marcando mais uma vez a sua ênfase em fortalecer a influência americana no cenário global.
"O Canal do Panamá é uma conquista histórica dos Estados Unidos. Fomos nós que o construímos, e nunca deveríamos ter perdido o controle. Estamos tomando de volta o que é nosso por direito", disse Trump, arrancando aplausos e gritos de aprovação da plateia.
A declaração se refere ao tratado Torrijos-Carter, assinado em 1977, que transferiu gradualmente o controle do canal para o Panamá, concluído em 1999. Desde então, o canal é administrado pela Autoridade do Canal do Panamá, sendo uma das principais fontes de receita do país.
Repercussões Globais
Especialistas em relações internacionais já começaram a analisar o impacto da fala de Trump, destacando o potencial de criar tensões diplomáticas entre os dois países. "Essa declaração, mesmo sendo apenas retórica, pode reacender debates sobre soberania e imperialismo na América Latina", afirmou o professor de Relações Internacionais da Universidade de Harvard, Dr. James Carter.
No Panamá, a resposta foi cautelosa. O presidente do país, ao ser questionado sobre o discurso de Trump, declarou: "O Canal do Panamá pertence ao povo panamenho, e sua soberania não está em questão."
Uma Estratégia de Campanha?
Analistas políticos apontam que o discurso de Trump pode ser parte de uma estratégia maior para reforçar sua base eleitoral, apelando para temas de nacionalismo e recuperação de prestígio global. Nos últimos meses, Trump tem adotado uma postura mais dura sobre questões internacionais, prometendo restaurar o que ele chama de "glória perdida" dos Estados Unidos.
O discurso também gerou grande repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre apoiadores fervorosos e críticos que consideram a fala impraticável e potencialmente perigosa.
Com a eleição presidencial americana se aproximando, declarações como esta sinalizam que Donald Trump continuará apostando em uma retórica contundente para mobilizar eleitores e pautar os debates na arena política dos Estados Unidos e além.
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