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Foto / Reprodução |
Tem um poema que diz assim:
“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada”.
Este poema é atribuído a Vladimir Maiakóvski, mas não se tem certeza, no entanto, bem que poderia ter sido escrito pela deputada Carla Zambelli, ou por qualquer um que vai de encontro às injustiças.
Pois então vejamos: o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou, nesta quinta-feira (30/1), o diploma de deputada federal Carla Zambelli (PL), por cinco votos a dois. A decisão da Justiça Eleitoral — que também tornou Zambelli inelegível por oito anos — reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (PSol, claro), sob a alegação que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022. O mais inusitado é que outros, com “crimes” muito mais graves, como roubar funcionários, enfiar dinheiro na cueca, bater em colegas, mentir descaradamente, promover Fake News — até contra a Economia —, não são sequer citados. Não nos esqueçamos de que o deputado Daltan Dallanhol também foi cassado porque... Por que mesmo? Ah, sim, ousou tentar combater a corrupção. Vejam vocês é que, coincidentemente, os punidos exemplarmente, são todos de uma mesma margem do rio.
Vá entender!
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