É preciso entender que uma geração formada e estabelecida não muda. O que quero dizer? Que o indivíduo racista não vai mudar sua postura nem deixar de ser racista por causa de uma punição que possa receber ou por causa da propaganda contrária. O que tem que ser aplicado diariamente e executado seriamente é o investimento maciço na educação de base para que as novas gerações eliminem esse desvio de comportamento. Não é aceitável, de maneira nenhuma, que em pleno Século 21, tão moderno e desenvolvido, pessoas que deveriam ser iguais em oportunidades, irmãs por natureza, não possam conviver pacificamente com o contraditório, com aqueles que lhes pareçam diferentes, seja na cor ou no modo de ser. Mas não se pode combater a ignorância com a ignorância. Sim, porque o racista é um ignorante que vive a renegar a própria sombra com medo de que ela seja colorida e, por isso, se rebela. No entanto, criar leis para coibir o racismo é também uma ignorância, quiçá uma estupidez. Além do quê, o racista, mesmo que não se manifeste com gestos, continua racista, porque a sua mente é racista, está enraizada, e ele se acha velho demais para mudar. O seu pensamento está cimentado, bem como "aquela velha opinião formada sobre tudo". Por isso é imprescindível educar os novos que estão chegando para que não tenhamos outras gerações racistas, ainda que não seja simples, eu sei, ondear bandeiras no mar para desviar qualquer navio de sua rota. Mas eu creio que nenhuma criança nasce racista, é o meio que a distorce, e uma vez concebida a formatação ‘doutrinatória’, não há mais o que fazer, senão seguir o rebanho.
Por isso, acredito que a propaganda contra o racismo, com punhos cerrados, camisetas pintadas, faixas nos campos de futebol, é dispendiosa e ineficaz se não atinge o cerne da questão, qual seja: Educação, Educação e Educação.
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