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Foto / Reprodução das Redes Sociais |
A condenação da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (25/04), expõe de forma escancarada uma das maiores vergonhas da Justiça brasileira: no Brasil, o crime compensa — desde que você esteja do lado certo do poder.
Débora, que ganhou notoriedade por pichar com batom a estátua A Justiça, em frente à sede do próprio STF durante os atos de 8 de janeiro, foi condenada como se fosse uma grande líder golpista, uma articuladora de golpe de Estado. Resultado: 14 anos de cadeia, sendo 12 anos e 6 meses em regime fechado.
Enquanto isso, quem desvia milhões de recursos públicos, quem superfatura respiradores nunca entregues, quem destrói a saúde, a educação e a esperança dos brasileiros, segue circulando livremente, protegido por decisões e interpretações cada vez mais flexíveis do próprio Supremo.
Ministros como Bruno Dantas, do TCU, já arquivaram processos vergonhosos — como o do desvio milionário na compra de respiradores na pandemia — alegando "contexto histórico", "momento de crise". Já o contexto da cabeleireira Débora — uma cidadã comum, sem recursos, sem cargo, sem poder — não merece a mesma compreensão.
O recado é claro:
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Se você é pobre e ousa desafiar o sistema, a pena será exemplar.
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Se você é político, poderoso, ou tem amigos no topo, a Justiça vai encontrar uma justificativa para te absolver ou arquivar seu processo.
O crime compensa no Brasil. Desde que você esteja do lado certo.
Uma Justiça assim não é Justiça. É apenas mais um instrumento de poder, medo e manipulação.
E enquanto isso, quem deveria ser punido de verdade continua rindo da nossa cara.
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Foto / Faábio Slompo Colunista da Aternativa News |
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