6 de maio de 2025

CAMINHADA PELA ANISTIA: PARLAMENTARES DE BRASÍLIA CONVOCAM ATO PACÍFICO EM DEFESA DOS PRESOS DO 8 DE JANEIRO

 

Parlamentares de direita do Distrito Federal estão convocando a população para uma caminhada pacífica em Brasília, marcada para a quarta-feira (07 de maio), às 16h, com um único propósito: pedir anistia aos presos do 8 de janeiro. O ato foi reforçado por uma mensagem assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que apelou diretamente à comoção popular, citando o nome de Débora, uma das detidas, além dos “órfãos de pais vivos”, como ele descreve os filhos das pessoas presas após os atos considerados antidemocráticos ocorridos no início de 2023.

“Compareça, é pela Débora, pelos órfãos de pais vivos, por justiça e democracia. Obrigado”, escreveu Bolsonaro, em convite divulgado nas redes sociais.

A caminhada pretende reunir apoiadores, parlamentares e lideranças religiosas em um ato simbólico em frente à Praça dos Três Poderes, e faz parte de um movimento crescente que exige o reexame das penas aplicadas a centenas de manifestantes presos após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado. Os organizadores defendem que muitos dos detidos não cometeram crimes violentos ou tiveram julgamentos injustos, e que é hora de uma solução política e humanitária.

ANISTIA EM DEBATE: DIREITOS HUMANOS OU IMPUNIDADE?

A proposta de anistia, no entanto, divide opiniões. Para apoiadores, trata-se de um ato de justiça para quem foi tratado como terrorista sem o devido processo legal. Já para setores da esquerda e entidades democráticas, anistiar os envolvidos seria abrir um perigoso precedente de impunidade para crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Apesar da polêmica, o movimento segue ganhando adesão popular. Faixas, camisetas e discursos pedindo “anistia já” têm sido constantes em cultos evangélicos, protestos de rua e até mesmo no plenário da Câmara dos Deputados.

O PESO SIMBÓLICO DO ATO

A convocação feita por Bolsonaro dá novo fôlego ao debate e deve atrair a atenção da imprensa nacional e internacional. O ex-presidente, que mantém forte base entre cristãos, conservadores e apoiadores do agronegócio, vê na mobilização uma oportunidade de reforçar seu capital político e, ao mesmo tempo, pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional a debaterem formalmente um projeto de anistia.

Enquanto isso, famílias de presos seguem clamando por revisão das penas e do tratamento jurídico recebido. Débora, citada no convite de Bolsonaro, tornou-se símbolo da luta pela anistia entre os apoiadores do movimento, representando mães, esposas e filhas de detidos que ainda aguardam julgamento ou cumprem penas em regime fechado.

A expectativa é que o ato de quarta-feira seja pacífico e concentrado, mas com forte carga emocional e política. Os organizadores pedem que os participantes vistam branco e levem bandeiras do Brasil, evitando símbolos partidários para manter o caráter suprapartidário da manifestação.

Da Redação | Alternativa News


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