Tudo acaba bem quando bem acaba. No Brasil atual nada está acabando bem.
Nesta quarta, 13/08/25, o Ministro da Fazenda, Fernando haddad, afirmou que "o Brasil está sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor". Ele está se referindo, evidentemente, aos Estados Unidos de Donald Trump que impôs uma tarifa de importação de 50% sobre os produtos brasileiros.
Não obstante a justificativa infantil da Casa Branca em afirmar que "as ações do governo Brasileiro representariam uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa, e à economia dos Estados Unidos", Fernando Haddad também demonstrou a sua palurdice.
A qual "democracia" está Haddad se referindo? A esta que está cerceando a nossa liberdade com a imposição de normas e preceitos que são impertinentes e contrários ao nosso direito individual e constitucional?
A esta que não está respeitando o devido processo legal?
A esta da instabilidade política, da baixa representatividade, da falta de educação, do desrespeito às regras da lei e da falta de confiança da população nas instituições e no processo democrático como um todo?
A esta do populismo, da manipulação da opinião pública e da corrupção?
Ou a esta em que ladrões, inclusive políticos, roubam os aposentados do INSS?
Este nosso experimento democrático sem um engajamento mais ativo e crítico de seus cidadãos, sem a busca pela verdade e procura pelo conhecimento e compreensão da realidade, e sem respeito mútuo nas relações institucionais e sociais, é um experimento muito pobre de espírito. Portanto, não pode servir de referência, nem de comparação.
Não podemos enaltecer uma democracia enquanto ela estiver sendo usada como instrumento de divisão e conflito; enquanto liberdades básicas estiverem sendo destruidas; e enquanto não tivermos uma cultura de liberdade mais disseminada.
A luta pela liberdade foi a nossa luta mais bonita. Mas esta liberdade está, sim, sendo cerceada em nome da democracia e, claro, do jogo político.
Não, Haddad, isto que temos, ou esta sua democracia "mais democrática" do que a dos Estados Unidos, não é conducente ao patriotismo que queremos ter.
Internacional e Políticas
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