27 de março de 2025

O RESGATE DA CAPACIDADE POLÍTICA (Por Yalu Tinoco)

Quando um político está na oposição, o poder é sempre visto como uma maneira de fortalecer a democracia e suas instituições, livrar o país dos seus malfeitores e melhorar a vida dos seus cidadãos. Mas quando o político alcança o seu objetivo máximo, muitas vezes age, não pelo idealismo de outrora, mas, sim, pelo pragmatismo que muitas vezes está atrelado ao seu real sentido: o oportunismo.

Ultimamente, o populismo foi adotado como um instrumento de preservação do poder, e ele se expressa na forma de governar sempre em cima do palanque e na propaganda que tem sido usada como uma arma de elevado sentido político. E a boa política vai perdendo o seu real sentido. 

A verdade é que cada agrupamento político que conquista o poder sempre tenta impor a convicção de que é único no propósito e na missão de recriar a nação. Este pretenso excepcionalismo não passa de uma tentativa de ampliação da dominação do espaço político. É assim que a ética na política vai-se confundindo com a auto-gratificação. E o nosso maior drama é a dificuldade em perceber esta realidade.

O Brasil precisa de uma liderança que tenha, em primeiro lugar, a capacidade da modéstia para poder superar este regime de instabilidade em que se encontra e que enfraquece a política, as instituições, o Estado de Direito, o cidadão, o combate à corrupção, e o progresso da nação.

Também precisa se encontrar com a boa política -- aquela capaz de superar a divisão ideológica insana, de elevar o debate, coordenar soluções e alcançar objetivos conjuntamente. 

2026 está chegando e precisamos encontrar uma opção política melhor que seja capaz de superar desavenças, inclusive ideológicas, e de nos unir em torno de um projeto mais desenvolto de nação. 

Por todos os agravos e desagravos, nem Lula nem Bolsonaro me parecem aptos para esta missão.

Yalu Tinoco - Mestre em Comércio
Internacional e Políticas

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